quinta-feira, março 10

USFs, médicos e afins

No seguimento do post anterior, resolvi escrever sobre a chatice da semana: médicos. Ou melhor... Saúde. O que por si inclui médicos, análises, diagnósticos (bons ou maus), o cheiro a desinfectante, o tempo e a paciência perdida...

Como deslocada, tenho algum problema em conseguir um médico. Durante uns tempos contentei-me com umas consultas para jovens, na Unidade de Saúde Familiar aqui da zona. Bastava chegar, dar os meus dados e ficar à espera que me chamassem. Tinha uma enfermeira e uma médica ao meu dispor, pode-se dizer que melhor não podia haver. O problema é que recentemente estas consultas ficaram sem médica, e a mesma USF não tem médicos suficientes para aceitarem novos utentes. Quem se lixa sou eu. A semana passada tive que recorrer a um médico, como sabia que não podia recorrer à USF aqui da zona, comecei a pensar em médicos particulares. Mas só de pensar no dinheiro que teria que despender, torcia o nariz. Felizmente relembraram-me que existe uma USF na zona da faculdade e informaram-me que tem consultas pós-laborais. Estas consultas são praticamente iguais às consultas que falei anteriormente. Bem porreiro, pensei. Mas depois de conseguir um médico, vem o resto da cantiga: a própria consulta em si. Lá deposito as queixas todas no médico e fico à espera de uma reacção. Depois há duas hipóteses, ou não há dúvidas no diagnóstico e é passada a receita e o próximo destino é a farmácia. Ou o médico lá se decide a passar uma receita (caso suspeite de algo) e umas análises (para confirmar as suspeitas). E o destino é a farmácia e uma clínica, e ficamos na mesma. Eu pelo menos fiquei.

No caso em que tive análises para fazer, ainda tive que procurar laboratórios que tivessem acordo com ARS e que fizessem as análises que pretendia. Eu normalmente não tenho paciência para estas coisas. As burocracias, e tudo o mais, dão-me volta à cabeça, quando acho que o sistema de saúde devia ser bem mais simples. E para ajudar à festa, sou um pouco hipocondríaca e fico logo com macaquinhos na cabeça, só me deixa ainda mais impaciente! Actualmente estou à espera do resultado de umas análises e ainda tenho que ir fazer outras (e esperar mais uns dias), para só depois puder voltar à consulta e aí sim tenho a hipótese de ficar a saber qual é o problema, isto se as análises forem conclusivas, há sempre a hipótese de não serem. Caso não sejam conclusivas, lá tenho que voltar à mesma roda viva.

Estou totalmente de acordo que a saúde está primeiro, mas estas andanças fazem-me perder aulas e horas de trabalho. Basicamente fico nervosa porque ando a tentar perceber que doença posso eu ter e porque ando com os horários apertados, porque ando com análises para aqui e acolá.

Bem gostava que o corpo humano fosse mais simples...

1 comentário:

  1. Era bem melhor se não tivéssemos doenças sequer :P Mas já que elas existem... Que ao menos não fosse uma Odisseia tentar perceber o que se passa connosco :\

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